quinta-feira, 18 de abril de 2013

Das Normas de Consulta ao Acervo e Utilização dos Espaços



Muita gente tem estranhado a implementação de normas para consulta do nosso acervo, visitação e utilização dos espaços. Avisos como "guardar os pertences", "não tocar nos objetos" ou "é permitido fotografar apenas com flash" podem parecer intimidadores no início, mas existem razões para cuidados tão especiais.

Não percebemos no dia-a-dia o quanto degradamos o ambiente ao nosso redor, e o fazemos constantemente, seja através do contato físico, da transpiração natural ou mesmo da respiração. É algo inconsciente, mas que causa grande impacto em tudo a nossa volta e, quando falamos de peças/documentos antigos, a degradação ocorre de forma ainda mais rápida.

Em centros de restauração e conservação de documentos os EPI's (Equipamento de Proteção Individual) são de uso obrigatório, ou seja, não é permitido tocar ou estar perto de nada sem luvas, máscaras, jalecos e, em casos especiais, toucas e óculos. Mas, mesmo nos Arquivos Históricos e/ou Hemerotecas, o uso dos materiais de proteção são exigidos. É apenas uma questão simples: "se 30 pessoas tocam, respiram e fotocopiam um documento todos os dias, em pouco tempo não restará nada dele".

Em Conselheiro Lafaiete não existe - ainda - o hábito de, ao se dirigir ao Arquivo, portar tais equipamentos. No caso do Museu e Arquivo Antônio Perdigão pedimos apenas a utilização de luvas e máscaras, por conta do estado delicado em que se encontra nosso acervo. É também por esse motivo que não emprestamos documentos do acervo para fotocópia (xerox), mas disponibilizamos para consulta interna, onde eles podem ser fotografados sem flash.

O ideal, ao se preparar para fazer uma pesquisa, seja no arquivo do município ou em qualquer outra instituição que tenha a guarda de documentos com valor histórico, é telefonar antes para se informar dos procedimentos e medidas necessárias. Assim, são evitados transtornos como "viagens perdidas" ou impossibilidades de consulta.

Em suma, as normas para consulta do acervo não são "avisos inconvenientes" mas pequenas ações necessárias a preservação da memória. Assim, colocamos abaixo as normas para consulta e visitação no Museu e Arquivo Antônio Perdigão, explicando a razão dessas medidas. Qualquer dúvida, entre em contato conosco: (31) 3769-3009, espacosculturaislafaiete@hotmail.com ou pelo Facebook: Museu Arquivo Antônio Perdigão (museu.antonioperdigao).



Normas de Visitação

- Guardar os pertences no escaninho, trancar e manter a chave em mãos durante a visita;

Com os pertences devidamente guardados, os visitantes têm maior comodidade e liberdade para usufruir do espaço do Museu. Além disso, ao portar mochilas, bolsas, capacetes, etc, a possibilidade de danos ao acervo sobe consideravelmente.

- Não entrar nas salas do museu com comida e/ou bebida;

A gordura e a umidade provenientes dos alimentos provocam danos irreversíveis em peças e documentos históricos.

- Não tocar nos objetos;

Nossas mãos são portadoras de gordura (proveniente de alimentos e outros), suor e germes que causam manchas e aumentam a acidez do acervo.

- Não fotografar com flash;

A luz do flash, agindo repetidamente nos documentos e peças (em especial, obras de arte) causa danos e prejudica a leitura das informações contidas.

- Não falar ao celular dentro das salas;

Devido à estrutura física do Museu, com salas altas onde o som ressoa, várias pessoas falando simultaneamente ao celular na mesma sala causariam poluição sonora no interior do Museu. Na entrada do mesmo, que fica de frente para a rua, não há problemas desse tipo.

- É proibido entrar na reserva técnica sem autorização do responsável do museu;

Na reserva técnica encontra-se o acervo do Museu que foi identificado e separado mas necessita de reparos ou está aguardando para exposição. Assim, o acesso a essa área é restrito aos funcionários do Museu ou a profissionais acompanhados de um funcionário responsável.


Pesquisa

- Preencher a ficha de cadastro do pesquisador e entregá-la ao funcionário responsável;

Documento para fins de controle da instituição, a fim de saber de onde vem os pesquisadores, quais os assuntos mais pesquisados e qual a finalidade da pesquisa realizada.

- Verificar com o responsável do museu se a documentação necessária encontra-se disponível para consulta;

Essa norma busca facilitar a pesquisa do interessado, para que este não se encaminhe em vão ao Museu, buscando uma documentação que não está guardada pela instituição ou no momento encontra-se indisponível (pelo frágil estado de conservação, por exemplo).

- Agendar e visitar o museu/arquivo nos dias combinados com antecedência;

Outra norma que visa  simplificar o processo de pesquisa pois, se o pesquisador entra em contato com a instituição (por telefone, email ou facebook, por exemplo) com antecedência, procurando saber se esta possui a documentação desejada, se esta encontra-se disponível para consulta e quais os procedimentos necessários para o acesso, pequenos inconvenientes são evitados.

- Trazer e utilizar o material de proteção básico (luva e máscara) para manuseio dos documentos;

Em todos os estabelecimentos que realizam guarda de documentos ou peças arquivísticas e museológicas, é obrigação do pesquisador portar e fazer uso dos equipamentos de proteção. Às instituições cabem disponibilizar esses equipamentos exclusivamente aos funcionários e voluntários.

- Não é permitido fotocopiar (“xerocar”) os documentos;

A fotocópia é um método extremamente agressivo a qualquer documento.

- É terminantemente proibido dobrar, rasgar, marcar, escrever, sublinhar, rasurar ou causar qualquer outro dano ao documento;

Anotações de qualquer tipo devem ser feitas em blocos de notas, cadernos ou folhas levados pelo pesquisador. Marcar páginas, dobrando-as é ato extremamente danoso aos documentos.

- Fotografias são permitidas apenas sem utilização de flash;

Ver explicação na parte "normas de visitação".

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